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Nascemos para Amar



Nascemos para amar; a Humanidade
Vai, tarde ou cedo, aos laços da ternura.
Tu és doce atrativo, ó Formosura,
Que me encanta, que seduz, que persuade.


Enleia-se por gosto a liberdade;
E depois que a paixão na alma se apura,
Alguns então lhe chamam desventura,
Chama-lhe alguns então felicidade.


Qual se abisma nas lôbregas tristezas,
Qual em suaves júbilos discorre,
Com esperanças mil na idéia acesas.


Amor ou desfalecer, ou pára, ou corre:
E, segundo as diversas naturezas,
Um porfia, este esquece, aquele morre.


Manuel Maria Barbosa du Bocage
in, "Sonetos"


Fonte:citador.pt