O Presente não Existe


           Não é extraordinário pensar que dos três tempos em que dividimos o tempo- o passado, o presente e o futuro-, o mais difícil, o mais inapreensível, seja o presente? O presente é tão incompreensível como o ponto, pois, se o imaginamos em extensão, não existe; temos que imaginar que o presente aparente viria a ser um pouco aparente viria a ser um pouco o passado e um pouco o futuro. Ou seja, sentimos a passagem do tempo. Quando me refiro à passagem do tempo, falo de uma coisa que todos nós sentimos.Se falo do presente, pelo contrário, estarei falando de uma entidade abstrata. O presente não é um dado imediato da consciência. Sentimo-no deslizar pelo tempo, isto é, podemos pensar que passamos do futuro para o passado, ou do passado para o futuro, mas não há um momento em que possamos dizer ao tempo:"Detém-te!És tão belo...!",Como dizia Goethe. O presente não se detém.
Não poderíamos imaginar um presente puro; seria nulo.O presente contém sempre uma partícula de futuro, e parece que isso é necessário ao tempo.

       Jorge Luís Borges, in "Ensaio:O Tempo"
Fonte:citador.pt

Eu levo o seu coração comigo





Eu levo o seu coração comigo( eu o levo no
meu coração) eu nunca estou sem ele (a qualquer lugar
que eu vá, meu bem, e o que quer que seja feito
por mim somente é o que você faria, minha querida)
     
                                           Tenho medo

Que a minha sina(pois você é a minha sina, minha doçura)
eu não quero nenhum mundo(pois bonita você é meu mundo, minha verdade)
e é você que é o que quer que seja o que a lua signifique
e você é qualquer coisa que um sol vai sempre cantar

Aqui está o mais profundo segredo que ninguém sabe
(aqui é a raiz da raiz e o botão do botão
e o céu do céu de uma árvore chamada vida, que cresce
mais alto do que a alma possa esperar ou a mente possa esconder)
e isso é a maravilha que está mantendo as estrelas distantes

Eu levo o seu coração (eu o levo no meu coração)

              E.E. Cummings
Tradução:Regina Werneck
Fonte: releituras.com
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A Trajetória...



            "A trajetória de nossa vida pode parecer definitivamente marcada  por certas situações.Nossa vida, entretanto, conserva sempre todas as possibilidades de mudança e conversão que estiverem ao nosso alcance. E tais possibilidades são tanto maiores, quanto mais abrigarmos sem nós de infância, de gratidão, de capacidade de amar."

              Hermann Hesse

Fonte: paralerepensar.com.br

A Realidade Básica da Vida Está nas Relações Humanas



             No meio de nossas máquinas perdemos de vista o fato de que a realidade básica da vida não está na política, nem na indústria, mas nas relações humanas - as associações entre homem e mulher e destes com os filhos. Em redor destes dois núcleos de amor - amor entre macho e fêmea e amor de mãe - toda a vida evolve. Há o caso daquela jovem revolucionária que, ao realizar o "funeral vermelho" do seu amante ( morto no levante de 1917, em Moscou), se lançou ao túmulo e, agarrada ao caixão do defunto, gritou:"Enterrem-me também:que me importa a mim a Revolução, agora que ele morreu?"

Esta moça poderia estar iludida ao julgar o seu namorado um ser único na terra- mas sabia com essa sabedoria ingênita da mulher, que a termenda revolução era um incidente sem importância, se comparada ao Mississipi de uniões amorosas, de gerações de novos seres e de morte que constitui o caudal central da vida.Essa moça não ignorava, embora jamais houvesse pensado nisso, que a familia é mais importante que o Estado:sabia que a devoção amorosa e o desespero calam mais fundo no coração do que tudo quanto é econômico, e que , afinal, a nossa felicidade não está na posse de bens, nem na conquista de posição social e poder- mas sim no amar e ser amado.

              Will Durant, in "Filosofia da Vida"

Fonte:citador.pt


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Eu Nunca Vi o Urzal


             Eu nunca vi o urzal,
             Eu nunca vi o mar;
             Mas sei como é a urze,
             E onde a onda deve estar.


             Jamais falei com Deus
             Nem o céu visitei
             Porém sei do lugar;
             Pois o mapa eu ganhei.


            Emily Dickinson,tradução José Lino Grünewald


Fonte:Livro da Virtudes- William J.Bennett
Pág.490 - FÉ