Em quase todos os acontecimentos da vida,
uma alma generosa vê a possibilidade de ação,
quando uma alma comum não teria a mesma idéia.
No próprio instante em que a possibilidade
dessa ação se torna visível para a alma generosa,
é de seu interesse levá-la a cabo.
Se não executasse essa ação
que acaba de lhe surgir no espírito,
desprezar-se-ia a si própria; seria infeliz.
Têm-se deveres conforme o alcance do espírito.(...)
É contra a natureza do homem,
é impossível para o homem não fazer sempre,
e em qualquer instante que se queira examiná-lo,
o que nesse momento é possível e lhe dá prazer.
Stendhal, in "Do Amor"