Como ser uma grande pessoa: Se... - Rudyard Kipling


                  Se és capaz de manter a tua calma quando
            Todo o mundo ao redor já a perdeu e te culpa;
            De crer em ti quando estão  todos duvidando,
            E para esses no entanto achar uma desculpa;
            Se és capaz de esperar sem te desesperares,
            Ou, enganado, não mentir ao mentiroso,
            Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
            E não parecer bom demais, nem pretensioso;


            Se és capaz de pensar_ sem que a isso só te atires;
            De sonhar_  sem fazer dos sonhos os teus senhores;
            Se encontrando a desgraça e o triunfo conseguires
            Tratar da mesma forma a esses dois impostores;
            Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas
            Em armadilhas as verdades que disseste,
            E as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas;
            E refazê-las com o bem pouco que te reste;


            Se és capaz de arriscar numa única parada
            Tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
            E perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
            Resignado, tornar ao ponto de partida;
            De forçar coração, nervos, músculos, tudo
            A dar seja o que for que neles ainda existe,
            E a persistir assim quando, exaustos, contudo
            Resta a vontade em ti que ainda ordena:"Persiste!";


            Se és capaz de entre a plebe, não te corromperes
            E , entre reis, não perder a naturalidade,
            E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
            Se a todos podes ser de alguma utilidade,
            E se és capaz de dar, segundo por segundo,
            Ao minuto fatal todo o valor e brilho,
            Tua é a terra com tudo o que existe no mundo
            E o que é mais _ tu serás um homem, ó meu filho!


            Rudyard Kipling


Fonte:O Livro das Virtudes_ William J. Bennett -Ed.Nova Fronteira
Pág.325/326   - Coragem

Quem foi George Washington Carver? Uma história impressionante.

Foto:Skeeze

               "Quando se consegue fazer as coisas comuns da vida de uma maneira fora do comum, dispõe-se da atenção do mundo."
                   
                     George Washington Carver

        *Hoje escolhi uma história impressionante. George Washington Carver tinha tudo para não conseguir nada. Mas sua força interior, boa vontade e tenacidade fizeram toda a diferença. Foi a biografia mais marcante e impressionante que já li! Agradeço a Namie, minha querida professora de pintura, por ter me emprestado esta linda história!! 
                   


          A vida nunca foi fácil para George Washington Carver (1864-1943). Ele nasceu em meio à Guerra Civil Americana, quando os estados do sul, escravocratas, lutavam contra os estados do norte, que não aprovavam a escravidão. No estado sulista do Missouri, sua mãe, escrava, foi raptada logo que a guerra acabou e nunca mais foi vista pelos filhos ou por seus donos, os Carver, que criaram o menino e lhe deram o sobrenome. Ele foi um menino com uma saúde muito frágil.



     Mas George nunca se deixou abater. Curioso, queria aprender tudo o que via ao seu redor. Assim criou suas próprias agulhas para tricotar e fazer crochê, aprendeu a cozinhar, lavar e passar roupas e, principalmente, a cuidar de plantas.

    Ficou conhecido como o "doutor das plantas" por seus vizinhos, que o procuravam se suas flores estivessem com problemas. Mas o menino sentia que precisava estudar seriamente em uma escola.

    Com o fim da guerra, a escravidão foi finalmente abolida em todos os estados, mas a segregação racial continuou oficializada no país por muito tempo. Não era qualquer escola que admitia negros em suas salas.



    Mas, mesmo enfrentando rejeições e humilhações, Carver persistiu até conseguir um lugar que o aceitasse. Ele pôde, inicialmente, estudar artes, principalmente pintura a óleo. Seus quadros retratando plantas e flores eram muito apreciados. Com a ajuda da professora, ele conseguiu iniciar sua carreira em ciências, tornando-se um botânico na Universidade Estadual de Iowa. Em seguida, foi pesquisar em Tuskegee, no Alabama, onde ficou o resto da vida.

     No seu trabalho científico e engenhoso, Carver não só conseguiu vários resultados, como fez muito pelo bem dos negros e de toda a região sul dos Estados Unidos. Em seu humilde laboratório, pesquisou várias plantas e descobriu muitos produtos derivados do amendoim, batata-doce e outros vegetais.

      Um de seus feitos mais famosos foi conseguir produzir o índigo, que dá o tom às calças jeans e que salvou a indústria
americana em época de escassez de corantes.

     Carver era uma espécie de consultor para os pequenos agricultores, e ensinava-os sobre tudo o que se referia a plantações. Além disso, fez conferências para a associação dos agricultores e empresários do amendoim, aconselhando-os sobre o plantio e sobre a produção de derivados desse vegetal.


   O cientista também impressionou positivamente o Congresso americano quando foi convidado a dar sua opinião sobre a viabilidade econômica de produzir o amendoim, substituindo as importações.

     Ele foi amigo de presidentes dos Estados Unidos, ministros da agricultura e de empresários como Henry Ford e Thomas Edison, que o convidou para trabalhar em sua empresa de invenções, impressionado pelas descobertas que saíam do laboratório do "doutor das plantas".



        Carver poderia ter se tornado muito rico, mas recusou todos os convites porque limitava sua vida a pesquisar para ajudar seu povo, recebendo somente o necessário para viver. Era comum o botânico aparecer nas revistas da época, e hoje várias instituições mantêm viva a sua contribuição para a História.



 "Até que ponto você vai na vida depende de você ser gentil com o jovem, compassivo com o idoso, misericordioso com o esforçado e tolerante com o fraco e o forte. Porque algum dia na vida você terá sido todos eles."

               George Washington Carver


Fontes: revistagalileu.globo.com
             Citador.pt
Imagens: google
                pixabay.com